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Mirandela luta pelas duas maternidades

Seg, 10/04/2006 - 23:41


A Câmara Municipal de Mirandela (CMM) já elaborou uma proposta para assumir a gestão do hospital local, caso a direcção do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) decida encerrar a sala de partos da cidade.

O presidente da CMM, José Silvano, anunciou, na passada sexta-feira, um plano de gestão da saúde para o concelho, para garantir a manutenção da maternidade de Mirandela, bem como de outras valências que possam vir a fechar as portas.
A conferência de imprensa, onde foi apresentada esta iniciativa “inovadora”, contou com a participação de especialistas na área da gestão hospitalar, que defenderam a criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS), que obedeça a um modelo de gestão intermédio entre aquele que é seguido no Hospital Amadora Sintra e no Hospital de Matosinhos.
Segundo o edil, Mirandela quer uma gestão pública para uma unidade de saúde que pretende estabelecer parcerias públicas.
O especialista Artur Osório defende que Mirandela tem as condições necessárias para a criação de uma ULS dentro do quadro legal existente, pondo em prática o programa do Governo.

Mirandela reclama justiça

“Aquilo que se adequa ao Nordeste Transmontano é uma ULS financiada pelo número de habitantes inscritos. Esta é uma boa solução para desburocratizar o sistema de saúde”, acrescentou o responsável.
Esta proposta vai ser enviada ao ministro da Saúde, Correia de Campos, juntamente com um conjunto de razões para a manutenção das duas maternidades do Nordeste Transmontano.
José Silvano admite que não confia nas pessoas que compõem a direcção do CHN, afirmando que se sentiu diminuído quando Correia de Campos afirmou que a maternidade de Chaves se iria manter enquanto os acessos a Vila Real não estivessem assegurados, mas delegou no CHN a decisão para o distrito de Bragança.
“Chaves tem os mesmos partos e as mesmas condições que a maternidade de Mirandela. Porque é que o ministro da Saúde não foi justo e disse que, enquanto não houver A4 e IP2, as duas maternidades do distrito de Bragança continuam abertas?”, questiona o edil.
O autarca de Mirandela defende, ainda, que o encerramento de uma maternidade no distrito de Bragança vai levar à extinção das duas, a prazo, uma vez que há mães que vão optar por seguir directamente para Vila Real.
Nesta luta pela manutenção das salas de parto, José Silvano afirma que só uma taxa de mortalidade infantil acima da média nacional o poderia fazer recuar.Por isso, a mobilização dos cidadãos do distrito contra o encerramento dos serviços de saúde vai continuar com a realização de uma vigília em frente ao hospital de Mirandela, agendada para o próximo dia 6 de Maio.