Ter, 04/04/2006 - 14:54
Trata-se de um local de passagem obrigatória para quem se dirige à antiga fortaleza e onde se encontram outros monumentos já recuperados, nomeadamente o Pelourinho.
A intervenção prevista ronda os 150 mil euros, sendo o projecto, a recuperação e a adaptação do edifício da responsabilidade do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).
Segundo Paulo Amaral, técnico do IPARR, o edifício terá várias funções. “Para além de fazer o acolhimento aos visitantes, vai poder fornecer informações úteis relativas à história do castelo”, explicou o responsável. Além disso, no local ficarão expostos artefactos resultantes de escavações efectuadas pelo IPPAR ao longo dos anos nas imediações do velho castelo, aquando da valorização e recuperação da fortaleza.
Alguns dos objectos serão disponibilizados em fotografia, ao passo que outras peças mais significativas serão expostas em vitrinas, especialmente concebidas para a preservação dos vestígios arqueológicos.
Aldeia que já foi vila
Paulo Amaral destaca outra das componentes do núcleo interpretativo e museológico. “No âmbito da informação turística a disponibilizar, o IPPAR está a preparar um videograma sobre a Comenda de Algoso, já que o castelo estava inserido num território mais vasto que abrangia algumas localidades vizinhas e é preciso contextualizar o seu papel” salienta o técnico.
Segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, o imóvel a recuperar foi adquirido pela autarquia e cedido ao IPPAR, com a condição de ali ser construído o centro interpretativo.
Com a concretização do projecto, Jorge Fidalgo antevê o alargamento da oferta turística e cultural da freguesia.
Recorde-se que o concelho e a vila de Algoso foram extintos em 1855. A antiga vila era comarca, edifício da Câmara e Cadeia, o que lhe conferia alguma importância no território do Planalto Mirandês.
O centro interpretativo vai entrar em funcionamento no final do próximo ano. Apesar de alguns edifícios da aldeia estarem descaracterizados, o centro da localidade, em especial o Largo do Pelourinho, mantém a traça original.