Ter, 21/02/2006 - 14:46
Sob o tema “A água – um bem precioso”, a Assembleia Jovem contou com a participação de cerca de 200 crianças do 1º ciclo do ensino básico do concelho de Bragança.
Com a iniciativa pretende-se, segundo o responsável pelo sector de ensino da Câmara Municipal de Bragança (CMB), Isidro Rodrigues, “que os jovens comecem a adquirir hábitos de cidadania, participação e discutam problemas sociais importantes como este da água”.
Esta já é a 11ª sessão da Assembleia Jovem, que se tem realizado sob diferentes motes. “Queremos consciencializar os mais pequenos para determinados problemas e este é o momento propício para isso”, defendeu o responsável. As crianças assumem um papel muito importante nesta matéria, uma vez que “são um veículo muito importante para alertar os pais e a sociedade, já que são elas o futuro”, salientou Isidro Rodrigues.
Saber poupar
Toda a sessão foi pautada pela participação e colocação de dúvidas por parte das crianças ao vice-presidente da CMB, Rui Caseiro. Esta atitude, na óptica do responsável, revela uma preocupação dos jovens relativamente à questão da falta de água. “As crianças já têm noção das medidas que é preciso tomar para poupar água no dia-a-dia”, revelou o autarca. A Assembleia pretendeu, por isso, colocar as crianças no papel de adultos, uma vez que, “todos vieram transmitir as suas preocupações que já têm em relação à seca e à falta da água”, esclareceu Rui Caseiro.
Esta iniciativa não é mais do que uma acção de sensibilização para as crianças e para a autarquia, que aproveitou para alertar a população do concelho para o problema da falta de água, de modo a evitar episódios de seca como os do Verão passado.
Na óptica de Rui Caseiro, “caso os habitantes da região de Bragança não tenham cuidados acrescidos, a falta de água vai colocar-se com a mesma intensidade que no ano transacto”. As reservas ainda não foram repostas e, “apesar dos furos realizados pela CMB, as aldeias vão, este ano, sofrer ainda mais com a seca”, assegurou o vice-presidente.
Sensibilização é urgente
Sendo assim, a prevenção e o controlo por parte dos consumidores são, na opinião do autarca, as estratégias ideais para evitar o racionamento da água, medidas que são encaradas e ponderadas pela CMB, mas só em último recurso. Tudo vai depender, segundo o responsável, da evolução do sistema e do comportamento da própria população. Para tal, e tal como o Jornal NORDESTE já noticiou, vai ser implementado o pagamento de água nas aldeias, de forma a controlar os consumos exagerados nas áreas rurais. “Estas populações dão mais prioridade à agricultura do que à utilização própria e doméstica”, realçou o responsável.
A autarquia defende, ainda, a urgência em construir a barragem das Veiguinhas, uma vez que as actuais reservas de água são insuficientes para fazer frente às necessidades da população.