Ter, 10/01/2006 - 14:44
Além destes trabalhadores, estão na mira outros lugares, já que é objectivo da autarquia “reduzir o número de funcionários para 150, caso seja possível”.
Recorde-se que a autarquia tem 205 trabalhadores, um número considerado “exagerado” face às necessidades. Sendo assim, nos próximos anos não está prevista a abertura de vagas no quadro da edilidade.
Esta medida, segundo o presidente da CMFEC, José Santos, prende-se com a situação financeira da autarquia, onde a dívida global ronda os 11 milhões de euros, qualquer coisa como 2 milhões e 230 mil contos.
Dadas as circunstâncias, “a dispensa de pessoal tem a ver com a libertação de verbas que possam fazer a autarquia respirar de alívio, já que a situação financeira da Câmara é difícil”, salientou o autarca local.
Os cortes, porém, não se vão ficar pelos funcionários, mas estender-se-ão, igualmente, a outras despesas consideradas “supérfluas”, para que o investimento no concelho seja retomado.
Orçamento aprovado por unanimidade
Com o plano e orçamento para este ano aprovados por unanimidade, em Assembleia Municipal realizada no passado dia 30 de Dezembro, José Santos garantiu ao Jornal NORDSTE que os próximos tempos vão ser de gestão rigorosa.
Apesar das restrições financeiras, a autarquia assegura que os principais investimentos vão acontecer no campo da agricultura e abastecimento de água ao concelho, através da construção duma nova barragem. “A Habitação e Acção Social deixará de estar predominantemente focalizada na sede de concelho, pelo que as restantes freguesias irão ser objecto duma participação activa, mas selectiva”, refere José Santos em nota de imprensa.
Já o Turismo funcionará como “promoção, não como veículo publicitário, mas como veículo de retorno económico, cultural e social”, acrescenta o edil.
Estas medidas, segundo o edil, enquadram-se “num orçamento de esperança e perseverança”, em que “a principal inquietação prende-se em reabilitar a situação financeira, numa lógica de rigor da causa pública”.
Recorde-se que o executivo camarário tinha possibilidades legais de apresentar e aprovar o Orçamento em Abril, mas, “para evitar que o município fosse gerido em duodécimos, optou-se por não utilizar essa faculdade”, acrescenta José Santos.