Ter, 22/11/2005 - 17:13
A equipa do Maria entrou nervosa e mal colocada no terreno e o Bragança, em três contra ataques, poderia ter aberto o marcador. Numa das jogadas, Pires não teve arte para passar o guarda-redes Talaia e abrir o placar, ao rematar para uma grande defesa do jovem do Maria da Fonte, que impediu o golo com muita arte e sabedoria. Esta defesa foi a salvação dos donos do estádio Moinhos Novos, visto que, caso contrário, os primeiros vinte minutos poderiam ser maus para os jogadores da casa.
A equipa do Maria da Fonte não estava arrumada no meio campo e, acima de tudo, entrou demasiado nervosa. A classe de Nelo, ex-internacional do Boavista e Benfica, foi uma peça fundamental para a equipa da casa. Com 38 anos de idade, este jogador mostra que a sua carreira foi feita com grandes cuidados físicos e com muita regra.
Baliza bem guardada
Mas, a partir do lance da grande penalidade cometida por Lino, com Feliciano a marcar o primeiro golo da tarde, o Bragança perdeu o rumo do jogo e só conseguiu espaços para criar algum perigo. Num desses lances, Everton podia ter marcado, com um remate fora da área, mas Talaia mostrou, mais uma vez, a sua categoria defensiva ao tirar para canto.
O melhor remédio era mesmo o intervalo e foi aí que o treinador do Bragança lançou Mauro para o terreno. A equipa passou a utilizar quatro homens na frente, mas sem criar perigo à equipa adversária. Aliás, foram os minhotos que desperdiçaram duas ou três flagrantes oportunidades de golo, por meio de Diogo e Filipe. Como o Maria da Fonte não arrumou o jogo, foi, mais uma vez, Lopes da Silva a arriscar ao tirar o central Lino e colocar em campo Marco.
Árbitro contestado
A partir daqui correu tudo bem ao Bragança e tudo mal aos donos da casa. Primeiro foi a expulsão de Sérgio Teixeira, por palavras inadequadas e depois o lance mais polémico da partida que resultou no penalti que deu o empate nos Moinhos Novos, com o cruzamento para dentro da pequena área dos minhotos, onde Mauro Vitorino ao tentar cabecear não chegou à bola e terá rematado com a mão. Para espanto dos donos da casa, o juiz decidiu-se por uma grande penalidade e pelo golo de Everton, o que estragou a festa em Póvoa de Lanhoso.
Apesar da nossa posição não dar uma boa visibilidade, parece claro que o brasileiro da equipa transmontana cometeu falta e esta foi a ideia que ficou em centenas de pessoas que estiveram no campo.
O público não gostou e fez uma espera ao juiz, que só terá saído do campo por volta das 21:15 horas.
Durante 80” Silva Leal esteve muito bem e estava ao pé da jogada, mas ajuizou mal.
Fica uma palavra de apreço aos grandes senhores que ainda andam no futebol, como é o caso do treinador e dirigentes minhotos e para o grande número de espectadores, que acabaram por se arredar da polémica, com um simples desabafo: ”Isto está tudo podre”.
O Bragança teve sorte, teve oportunidades, mas o empate soube a pouco à equipa da casa.
Os destaques em campo ficam para Rui Nelson, Rui Parada, Pires, Carlitos e o fenomenal pé esquerdo de Rui Gil, mas os grandes jogadores em campo foram Everton e Nelo.
Estádio dos Moinhos Novos
Árbitro – Silva Leal, Duarte Teixeira e Cândido Bessa (A F Porto).
Maria da Fonte – Talaia; Moreira, Nuno Mendes, Washington e Nelo;
Fredy, Novais e Sérgio Teixeira; Feliciano, Diogo (Ricardo Fernandes 88”) e Filipe (Careca 76”)
Treinador – Dinis Rodrigues
Amarelos – Moreira 45”, Diogo 73”, Nuno Mendes 83”, Sérgio Teixeira 84”, Feliciano 84” e vermelho directo Sérgio Teixeira 84.
Bragança – Rui Parada; Pedrinha, Fernando Silva, Lino (Marco Móbil 81”) e Rui Gil; Rui Nelson. Rui Borges8Toni 63”) e Carlitos; Pires, Everton e Ademar (Mauro Vitorino 46”)
Amarelos – Lino 20”, Pedrinha 55” e Rui Parada 89”
Treinador – Lopes da Silva
1ª Parte – 1-0
Marcadores – Feliciano (penalti) 20” e Everton (penalti 83”).