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Artistas inspirados

Ter, 15/11/2005 - 17:36


Muito poucas vezes se dá o custo do bilhete por tão bem empregue como neste jogo, em que as três equipas fizeram questão de subscrever uma actuação digna.

E como se isto não bastasse, os técnicos terminaram a partida extenuados com o incentivo aos seus pupilos, procedendo a constantes correcções táctico estratégias e de posição dos atletas.
Antes do apito inicial, apesar da qualidade técnica e táctica das duas formações que se defrontavam, o estado do terreno deixava muitas reservas quanto à qualidade do jogo. Para bem do espectáculo, os artistas da bola estavam inspiradíssimos e muito preocupados em provar em campo qual dos dois Sport Club’s era melhor. E desta atitude, surgiu um encontro com todos os aliciantes mesmo para os mais exigentes.
Jogado em velocidade alucinante, sem paralisações ou maldade, e com o equilíbrio a ser a nota dominante, foi um corrupio de parada resposta em consonância com os lances de encher o olho.
As duas equipas encaixaram muito bem uma na outra e isso beneficiou a luta de meio campo com a criatividade a fluir como música de uma soberba sinfonia de talento. E foi tal a atitude e vontade de ganhar, que as defensivas tiveram de se aprumar para não ser surpreendidas, porque os ataques estavam endiabrados.
E neste estado de coisas, e com um jogo perfeitamente aberto, parecendo uma final em campo neutro, pode dizer-se que ambas as equipas mereciam ganhar, mas para uma ganhar… outra tinha de perder! Foi mais feliz o Mirandela, que conseguiu, no melhor período do seu adversário, apenas sofrer um golo e empatar na ida para o descanso.
Menos feliz foi o Maria da Fonte que no melhor período do seu adversário não conseguiu segurar o empate.
Quanto aos árbitros, um trabalho fabuloso. Utilizando um critério muito aberto, ajudaram o espectáculo, distinguindo sempre a falta dos circunstancialismos do terreno que proporcionava o choque.

Jogo no Estádio de S. Sebastião, em Mirandela. Boa moldura de público, vento frio e chuva miudinha, que condicionou as condições do relvado com o evoluir do encontro

Equipa de arbitragem da A.F. Porto: Ivan Vigário, André Jones, Campos Ferreira – classificação de 0 a 10 – 10

Mirandela 4x3x2x1
Menezes-5, Fábio Pinto-5 (sub-cap), Pinto-5, Ramalho-6, Didácio-5, Sanny-4, Veiga-4 (Cerejo-5 75’), Rui Lopes-6 (cap) (, Eduardo-5, Luisinho-4 (Luís Moreno-! 90’), Hugo Costa-5
Não utilizados: Paulo Cunha, Luís, Bernardino, Jorge, Ivo
Disciplina: C. A. a Fábio Pinto 7’, Didácio 27’, Sanny 66’
Melhor em campo: Ramalho / Rui Lopes
Técnico: Carlos Correia

Maria da Fonte 4x3x1x2
Talaia-5, Moreira-5 (cap), Nuno-4 (sub-cap), Washington-4, Nelo-5, Fredy-5, Rui Novais-6, Sérgio-5, Feliciano-4, Diogo-5, Fernando-6
Não utilizados: Clemente, Nelson, Cuca, Careca
Disciplina: C. A. Diogo 47’, Rui Novais 51, Fernando 61’, Domingos 83’
Melhor em Campo: Rui Novais / Fernando
Técnico: Diniz Rodrigues

Marcha do marcador: 1-1 ao intervalo – 0-1 Feliciano 34’, 1-1 Didácio 42’, 2-1 Rui Lopes 80’ – resultado final 2-1

O que eles disseram

Carlos Coreia
Técnico do Mirandela

“Penso que foi um bom jogo de futebol. Sabíamos que íamos defrontar uma equipa muito boa e aquilo que eu disse aos meus jogadores era que a equipa que tivesse menos erros era a que ganhava o jogo. Eu disse, ao intervalo, que queria ganhar o jogo, e iam aquecer logo três jogadores porque ia tirar um lateral para meter um extremo, porque queria ganhar o jogo. O empate para nós não servia”.

Diniz Rodrigues
Técnico do Sport Club Maria da Fonte

“O futebol é assim. Sabíamos das dificuldades porque já tinha visto o Mirandela em Brito, sabia que tinha valores, que tinha equipa, que estava motivado e jogava em casa mas, de qualquer maneira, a minha equipa estava tranquila. Veio aqui jogar um futebol aberto, um futebol total com a qualidade que os nossos jogadores têm. Penso que o resultado é inteiramente injusto por aquilo quem fizemos ao longo dos 90 minutos”.