Qua, 02/11/2005 - 15:46
As condições climatéricas adversas, foram um dos grandes problemas para os pilotos, na indecisão da melhor escolha dos pneus a utilizar.
Apesar de ter sido um rali bastante difícil, não apenas pelas condições atmosféricas mas também pelas características dos troços, Miguel Campos conseguiu a sua 14ª vitória no Nacional enquanto a Peugeot regista o 38º ceptro.
No final, a dupla Miguel Campos/Carlos Magalhães não escondia a felicidade por esta vitória: “Foi um rali bastante duro: durante a manhã, as más condições atmosféricas e à tarde a exigência na concentração em troços bastante rápidos onde a mínima distracção poderia deitar tudo a perder. Dêmos o nosso melhor para estarmos em posição de ir para a última prova do Campeonato na luta pelo título. É nisso que estamos empenhados neste momento”, referiu Miguel Campos que dá assim à Peugeot mais uma vitória na Classe S1600.
Renault a segundos
Mais atrás, só por escassos 2,3 segundos é que a dupla José Pedro Fontes/Fernando Prata não subiu ao lugar mais alto do pódio do Rali Nordeste Transmontano/Jornal “O Jogo”. A luta pela vitória foi titânica, com os pilotos da “Renault Vodafone Elf” a conquistarem o maior número de vitórias em classificativas – sete! Com uma derradeira secção verdadeiramente notável, José Pedro Fontes e Fernando Prata venceram os quatro derradeiros troços e quase conseguiram anular os 11 segundos de desvantagem com que partiram para a derradeira fase do rali.
Como confessam com alguma mágoa, “foi pena o tempo perdido na quarta classificativa, já que ao contrário do que aconteceu com o nosso adversário, cumprimos a ´especial´ sob chuva, perdendo mais de uma dezena de segundos. Essa foi a maior diferença jamais registada e deveu-se apenas a uma situação excepcional. No entanto, quero dar os parabéns ao Miguel Campos e à sua equipa pela vitória e pelo duelo que protagonizámos”.
António Rodrigues com azar
Na Fórmula 206, o piloto de Murça, António Rodrigues, optou pela solução de pneus de seco para iniciar o rali na manhã de Sábado. Esta solução que viria a ser penalizadora para o piloto, pois as condições do piso eram mais favoráveis a pneus intermédios, acabando mesmo por fazer dois troços a chover.
Parte para a última ronda das 4 PE finais, com 30 segundos de atraso para o lider Mex / Paulo Babo, vence novamente a PE do Azibo ganhando-lhe 5 seg e na PE seguinte, a mais extensa do rali, 22km, imprime novamente um ritmo muito forte. Mas, aos 11 km de prova não conseguiu evitar um toque num lancil do triangulo do cruzamento, que estava extremamente sujo de lama, originando o empeno do eixo traseiro e da suspensão da frente e continuou a um ritmo mais lento.
O Rali Casinos do Algarve, a derradeira prova do calendário, está marcado para os dias 18 e 19 de Novembro.
Classificação Final do Rali Nordeste Transmontano:
1º Miguel Campos/Carlos Magalhães (Peugeot S1600) 1h11m26,4s
2º José Pedro Fontes/Fernando Prata (Renault S1600), a 02,3s
3º Bruno Magalhães/Paulo Grave (Peugeot S1600), a 1m31,5s