Ter, 18/10/2005 - 15:14
O governante quer que os utentes sejam “assistidos em sítios mais qualificados, não necessariamente nos mais próximos”.
Esta decisão é suportada num trabalho feito por uma comissão liderada pelo médico Albino Aroso - antigo secretário de Estado da Saúde de Leonor Beleza e conhecido como o “pai do planeamento familiar” - e insere-se num programa a que Correia de Campos chama de “requalificação dos serviços”, que levará também ao fecho de algumas urgências dos centros de saúde.
O anúncio do encerramento das maternidades surge, propositadamente, depois das eleições autárquicas. Correia de Campos explica que agora será mais fácil falar com os autarcas sobre o assunto: “Na refrega pré-eleitoral, iria gastar muita energia”.
Na entrevista ao Expresso, o governante admite o encerramento de urgências no ambulatório, a par das maternidades. “Em relação às maternidades, há 12 ou 13 que fazem menos de 1000 partos por ano (algumas menos de 500) e que têm de ser requalificadas”, alega o responsável, acrescentando que as maternidades não vão fechar. “Deixam é de fazer partos”, revelou Correia de Campos àquele semanário.