Assim se fabrica o ódio chamado racismo

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A sociedade civil portuguesa foi abalada nos últimos dias por dois acontecimentos trágicos que vitimaram dois jovens, um branco e outro negro. Analisemos os factos com o realismo que se impõe, tendo em conta notícias recentes e credíveis.

Em Bragança, um grupo de rapazes aldeãos, terá morto à cacetada o jovem Luís Giovani.

Dias depois, bem no coração de Lisboa, “cidade de muitas e desvairadas gentes”, um grupo de negros assassinou à facada outro jovem chamado Pedro Fonseca.

Dois crimes hediondos que são faces da mesma moeda política.

Pedro Fonseca, branco, português, de 24 anos, era engenheiro informático. Os seus assassinos são negros, guineenses e marginais, embora não o sejam pela cor da pele ou pela nacionalidade.

Luís Giovani, mulato, cabo-verdiano, de 21 anos, era estudante do Instituto Politécnico. Os seus assassinos são brancos, portugueses e marginais, embora o não sejam pela cor da pele ou pela nacionalidade.

Perante estes crimes que lhe embaraçam a consciência, a sociedade política fechou-se em copas, ainda que, quer no caso de Bragança quer no de Lisboa, possa não ter havido motivações racistas.

De pronto vieram a terreiro duas conhecidas personalidades: Joacine Moreira, a problemática deputada negra do partido Livre e Mamadou Ba, igualmente negro, senegalês, ativista supostamente antirracismo e assessor do BE na Assembleia da República.

Ambos procuraram tirar partido do crime de Bragança considerando que a vítima seria negra (era mulato, o que não é bem a mesma coisa) e os seus assassinos supostamente portugueses e brancos. Sobre o crime de Lisboa, ocorrido posteriormente, dado que a vítima era branca e os assassinos negros, meteram a viola no saco.

O propósito de Joacine e de Mamadou, que vivem a expensas do Estado português, foi tirar partido do hipotético racismo que mais lhes convém. Que não se admirem se o feitiço se virar contra o feiticeiro.

Um e outro demonstraram ser instigantes descarados do ódio chamado racismo, que é muito mais que uma incontida antipatia e que tem, lamentavelmente, agentes institucionais de peso.

Desde logo todos os que defendem a imigração a granel, como se de gado se trate, sabendo à partida que o destino desses infelizes é engrossar a legião dos autóctones que vivem na miséria, acabando muitos deles por se enredar nas teias da marginalidade.

Também os governantes populistas, useiros e vezeiros desse populismo eleitoralista que é o pior de todos, já que se servem da desgraça para promoção pessoal, adulteram a justiça social e criminal, criam fossos entre os diferentes grupos étnicos e deliberadamente desqualificam os polícias e encorajam os bandidos.

Também todos quantos, na circunstância, porque não seria politicamente correcto, não tiveram a necessária sensibilidade e coragem para publicamente honrar a memória de Pedro Fonseca, como o fizeram com a de Luís Giovani, talvez por aquele ser branco e os seus assassinos serem negros. Que ao menos lhe rezem pela alma.

Os portugueses, reconhecidamente solidários e hospitaleiros, não são manifestamente racistas, embora haja quem tudo esteja a fazer para que o sejam.

Qualquer dia, por este andar, será crime ser português, branco, católico ou heterossexual.

E, já agora, não se ser de esquerda, ainda que não se seja de direita.

 

Este texto não se conforma com o novo Acordo Ortográfico.

Henrique Pedro