Onde estavam os engenheiros?

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Ter, 05/07/2005 - 14:34


O tema prometia encher o auditório com técnicos ambientais ou de planeamento, autarcas e docentes do ensino superior, mas ficou aquém das expectativas.

No passado sábado, apenas doze pessoas estiveram no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança para ouvir falar de “O Estado do Ambiente na Região Norte – Ordenamento do Território e Qualidade Ambiental”.
A iniciativa, organizada pela Delegação Distrital de Bragança e Colégio de Engenharia do Ambiente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, não conseguiu atrair o público a que se destinava, apesar de ter como palco uma instituição que ministra cursos de Engenharia do Ambiente e do Território.
Acresce que entre as doze pessoas presentes contavam-se os três oradores convidados, dois elementos ligados à Ordem dos Engenheiros (OE) e o presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Dionísio Gonçalves. Contas feitas, apenas cinco pessoas faziam parte da assistência propriamente dita.
Mesmo assim, valeu a pena ouvir Artur Gonçalves, docente da Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB), falar de “Planeamento Ambiental a nível Urbano – Instrumentos de Actuação”.
O orador defendeu “o envolvimento das populações na partilha de responsabilidades no Planeamento”, alegando que, muitas vezes, “as revisões do Planos Directores Municipais são pouco participadas pelas pessoas”.
Artur Gonçalves focou, também, a necessidade dos PDM´s não descurarem as questões ambientais e apontou alguns caminhos para o desenvolvimento sustentável dos municípios, como é o caso da criação de linhas de transporte amigas do ambiente.
A iniciativa organizada pela OE contou, também, com a intervenção de Célia Ramos, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional da Região Norte, que traçou o “Diagnóstico do Ordenamento do Território na Região Norte”.
A fechar, Pedro Santos, da Escola Superior de Biotecnologia a Universidade Católica Portuguesa, falou da “Agenda 21 Local – o caso de Santo Tirso”.