MONCORVO inaugura ecocentro

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Ter, 31/05/2005 - 16:00


O concelho de Torre de Moncorvo já tem um ecocentro. O equipamento, situado na zona industrial da vila, foi inaugurado na passada quarta-feira pelo governador civil de Bragança, Jorge Gomes.

A infra-estrutura custou 130 mil euros e marca a conclusão do processo de separação de lixos iniciado com a colocação de 33 ecopontos em todo o concelho.
Segundo o presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Aires Ferreira, o ecocentro destina-se aos resíduos sólidos de grandes dimensões que não podem ser depositados nos ecopontos da vila e das aldeias do concelho.
Muitos desses lixos são produzidos por unidades empresariais, pelo que não foi à toa que a unidade de separação de lixos foi colocada na zona industrial.
Além disso, o ecocentro foi colocado a cinco quilómetros da vila, no eixo Moncorvo-Carviçais-Mós, onde reside mais de metade da população do concelho.
Dada a localização central do equipamento, Aires Ferreira apela ao envolvimento dos moncorvenses nas questões ambientais. “A população, em especial os cafés, restaurantes e unidades industriais que produzem resíduos de grandes dimensões, devem habituar-se a utilizar o ecocentro”, sustenta o edil.

Depósitos selvagens no monte

Num concelho com 10 mil habitantes distribuídos por uma área de 500 quilómetros quadrados, a abertura do ecocentro vai levar a autarquia a apostar em acções de sensibilização ambiental.
“Terminado o investimento em infra-estruturas, vamos apostar na educação ambiental porque se as pessoas não utilizarem os contentores, os ecopontos e, agora, o ecocentro, não é possível fazer a recolha de lixo com sucesso”, adverte o autarca.
No âmbito da Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS), Moncorvo é o concelho onde a recolha selectiva atinge valores mais elevados, mais Aires Ferreira considera que ainda há um grande caminho a fazer. “As vila e as aldeias estão limpas, mas ainda se verificam depósitos selvagens no meio do monte”, lamenta o responsável.
A recolha de lixo no concelho é efectuada pela empresa Focsa, após concurso público efectuado pela Associação de Municípios do Douro Superior. O tratamento final dos resíduos é feito no Aterro Sanitário do Cachão, que serve todo o distrito de Bragança e, ainda o concelho de Foz Côa, que também pertence à AMDS.