G.D.Bragança e S.C.Mirandela contra alterações no CPP

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Qua, 11/05/2016 - 17:55


Carlos Correia, presidente do S.C.Mirandela, mostra-se completamente contra as alterações anunciadas pela Federação Portuguesa de Futebol, na passada semana, relativas ao Campeonato de Portugal Prio para a próxima temporada.

Mudanças que fazem o líder dos alvinegros equacionar a possibilidade de o clube não participar no CPP na época 2016/2017.
“A minha vontade, e já o disse aos meus directores, é não participar na próxima época. Não há receitas e é complicado fazer face às despesas. Temos um orçamento reduzido e é difícil formar uma equipa”, avançou Carlos Correia.
Uma das alterações na fase de manutenção e descida, de forma a evitar os adversários da fase inicial do campeonato é a troca de clubes entre séries. Ou seja, as equipas que, no final da fase regular, fiquem classificados no sétimo, oitavo, nono e décimo das séries A, C, E e G vão ser colocadas, na fase de manutenção e descida, nas séries B, D, F e H, e vice-versa.
“Este campeonato não traz competitividade, não traz receitas. É uma vergonha. Vão crescer as despesas, pois as equipas vão ter que fazer distancias maiores para jogar”.
Na fase de subida, o destaque vai para a criação de um play-off, que vai contar com equipas da 2ª Liga.
Terminada a fase regular passam duas equipas de cada série à fase de promoção, que se dividem pela zona norte e zona sul. O primeiro classificado de cada zona sobe directamente à 2ª Liga. Quanto ao segundo classificado de cada série vai disputar um play-off com o 17º e o 18º classificado da 2ª Liga.
Uma mudança bastante criticada por Manuel Martins, presidente do G.D.Bragança. “As equipas da 2ª Liga, por muito fracas que sejam, têm um andamento que as equipas do CPP não têm”, referiu Manuel Martins.
O líder dos brigantinos aponta mesmo o dedo à Federação Portuguesa de Futebol, responsabilizando-a pelo desaparecimento de alguns clubes.
“É uma vergonha o que a federação está a fazer. Este modelo acabou com os clubes, com equipas de arbitragem e também com muitos jogadores”.
Manuel Martins é defensor do modelo antigo da competição, ou seja, campeonato nacional da 3ª e 2ª divisão, considerando que o CPP, inicialmente CNS, trouxe ainda mais despesa aos clubes. 
“Aumentaram as despesas. Temos que pagar 680 euros de taxas de jogo quando, por vezes, em 300 euros temos de receita mais policiamento”.
Tanto Manuel Martins como Carlos Correia defendem a união de todos os clubes numa clara manifestação de descontentamento em relação às alterações feitas ao CPP para a próxima temporada.

 

Jornalista: 
Susana Madureira