Feira de S. Pedro fecha em alta

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Ter, 05/07/2005 - 16:40


Organização e expositores fazem um balanço positivo da Feira de S. Pedro 2005.

O certame encerrou no passado sábado, com uma sessão de fogo de artifício, que fechou um cartaz de artistas que desfilaram desde o passado dia 25 de Junho.
Com um orçamento de 400 mil euros, a Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros (ACIMC) apostou num leque abrangente de artistas para encher o recinto todas as noites.
Ao contrário do que seria de esperar, o espectáculo menos bom em termos de afluência foi o de Martinho da Vila, apesar do artista brasileiro ter compensado os macedenses pela ausência do passado.
A menor afluência, de resto, fez notar a Martinho da Vila algum desagrado da parte dos visitantes e, ao que parece, o artista percebeu a mensagem.
Tirando esta noite, em que o espaço permitia a circulação, nos dias seguintes era, praticamente, impossível circular pelo espaço pejado de pessoas.
Mónica Sintra, os artistas da região transmontana (Paulo Bragança, Tatiana - que voltou a sentir os macedenses rendidos aos seus encantos e atributos artísticos - Cristiana, Carlos Baptista, Anabela Pires e Teresa Costa), os brejeiros tocadores de concertina Canário e Quim Barreiros, o romântico Tony Carreira, os Santamaria com o seu som de discoteca, o Mercado Negro e Cheiro de Amor fizeram oito dias de som e alegria.

“É uma boa Feira”

Na abordagem que o Jornal NORDESTE fez no último dia junto do público, eram várias as pessoas que confessavam ter visitado o certame todos os dias, manifestando o seu agrado. “É uma boa feira. Visito-a todos os anos e acho que está um bocado melhor que o ano passado”, referia António Fernandes.
Já Carlos e a esposa Íris, que se deslocaram de Chaves para comprar uma máquina pesada, achavam que só a crise beliscava o certame: “Acho que está muito bem organizada, tem boa animação, a música tem sido sempre boa e é só mesmo a situação actual da crise que está atrapalhando”, referiam.
Já os empresários, após terem efectuado algumas transacções, muitos contactos e princípios de negócio, sentem que poderá ser feito algo mais pelo tecido empresarial da região. “Em termos de negócios, foi melhor que o ano passado, talvez por causa da anunciada subida do IVA, mas ainda podia ser melhor”, referiu Bruno Fernandes, representante do mercado automóvel.
Rosário Bragada, empresária do ramo dos serviços de organização de eventos, via assim a Feira de S. Pedro e a sua actividade. “Estamos num mercado que não está explorado, somos um bocado pioneiros e vamos ter de passar algum mau bocado para entrar no mercado”, reconhece.
A empresária considera que a afluência foi menor do que no ano passado, mas garante que efectuou contactos em quantidade e muito promissores.
De um modo geral, a maioria dos empresários vincou a importância da Feira de S. Pedro no contexto da economia regional e ninguém descartou a possibilidade de regressar em 2006.