Feira de S. Pedro é montra da região

PUB.

Ter, 12/04/2005 - 17:16


O presidente da Associação Comercial e Industrial de Macedo de Cavaleiros (ACIMC), António Cunha, resume em três vectores os objectivos da Feira de S. Pedro, que decorre de 25 de Junho a 2 de Julho naquela cidade.

A “promoção das nossas empresas, das potencialidades de Trás-os-Montes e a captação de investimento para a região” são, segundo o dirigente, a base do certame, que foi apresentado na passada terça-feira, na Casa dos Pinelas, em Limãos (Macedo de Cavaleiros).
Este ano, a ACIMC vai gastar 400 mil euros na organização da Feira de S. Pedro, que contará com a presença de 200 expositores. O parque municipal de feiras e exposições começa a ser pequeno para dar resposta às solicitações, dado que 80 por cento dos espaços destinados às empresas já estão ocupados.
“Este é um velho problema que nos acompanha há muito tempo”, reconhece António Cunha, sem grandes soluções à vista. “Por mais que aumentemos a capacidade do parque de exposições, mais espaço é necessário, uma vez que cada vez há mais empresas a quererem expor no nosso certame”, garante o responsável.
A mudança de local, contudo, não é pacífica, dado que retirar o certame do centro da cidade pode resultar na perda de identidade de um acontecimento que já vai na décima segunda edição.

Mudança de local em discussão

O assunto está nas mãos da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, que já abriu o debate em torno da construção de um novo parque de feiras e exposições. “É um processo que está em aberto e que está a ser discutido pelas forças vivas da cidade, porque as soluções tanto podem passar pala construção de um novo local como pela renovação do parque já existente”, explica o autarca macedense, Beraldino Pinto.
Enquanto a questão do novo local é discutida, a ACIMC trabalha com o que tem. “Estamos preocupados em introduzir o melhor ordenamento e uma maior racionalização do espaço de exposição de modo a melhorar a visibilidade dos expositores e facilitar a visita do público”, assegura António Cunha.
A maioria das empresas que têm vindo a participar na Feira de S. Pedro são transmontanas, embora algumas representem marcas de âmbito nacional e internacional. “Este é um certame que pretende ser uma montra da capacidade do tecido empresarial da nossa região, que tem na Feira de S. Pedro uma excelente oportunidade para se destacarem no mercado”, acrescenta o dirigente.

Martinho da Vila regressa

Grande parte do orçamento é canalizado para os espectáculos musicais, um dos principais atractivos do evento. Após o adiamento de última hora, que ensombrou a edição do ano passado, o cantor brasileiro Martinho da Vila regressa ao cartaz para animar a primeira noite da feira. O programa contempla, também, outros nomes da música como Tony Carreira, Quim Barreiros, Santa Maria, Mónica Sintra, Mercado Negro e Cheiro de Amor.
“A selecção dos artistas foi feita de modo a agradar a todos os tipos de públicos”, explica o presidente da ACIMC, que acredita numa “grande enchente” no espectáculo de Tony Carreira.
Para dar visibilidade aos artistas da região, a Feira de S. Pedro contará, ainda, com uma noite com Paulo Bragança, Tatiana, Anabela Pires, Carlos Baptista e Teresa Costa.
No ano passado a organização decidiu aumentar a duração da feira em mais um dia e colocou alguns stand´s de artesanato no exterior do recinto, o que gerou perda de receitas. Além disso, o certame decorreu em simultâneo com o Euro 2004, resultando numa menor afluência. Para evitar prejuízos, este ano o artesanato só estará disponível no parque de feiras e exposições. “A ideia de estender o artesanato para fora do recinto era envolver, ainda mais, a cidade nesta realização, mas não podemos comprometer as receitas da bilheteira”, considera António Cunha.