Dignidade e justiça

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Ter, 10/05/2005 - 16:50


O G D Bragança jogou e venceu, com toda a justiça, o líder da prova por 3-1.

Durante os 95, os bragançanos foram os melhores no relvado e acabaram por justificar o resultado.
No primeiro minuto veio a primeira oportunidade, com Zé Zé do Sandinenses a atirar à base do travessão da baliza de José Luís, mas foi sol de pouca dura, o Bragança respondeu logo de seguida com um bom futebol e com excelentes oportunidades de abrir o marcador. No entanto, o guarda-redes Miguel e o azar juntaram-se e não deixaram que o melhor futebol desse frutos.
Na segunda parte, tudo continuou na mesma e os minhotos acabaram por inaugurar o marcador com um golo de Zé, após um corte em falso de Fernando Silva. Era um golo imerecido, mas os locais voltaram ao controle do jogo e marcaram por três vezes, um resultado que poderia dar em goleada não fosse a sorte ter protegido a equipa minhota e, acima de tudo, a equipa de arbitragem ter mostrado pouca classe em momentos que poderiam ter sido decisivos.
Fica uma exibição muito agradável, apesar do Bragança ter dois meses de vencimentos em atraso, os atletas deram o máximo e saíram de cabeça erguida, mesmo sem compreender porque é que a direcção não paga os vencimentos (ver texto na página seguinte). Curiosamente os jogadores não festejaram qualquer golo como forma de fazer sentir a sua revolta.

Estádio Municipal de Bragança
Árbitro – Silva Leal, António Oliveira e Duarte Teixeira (A F Porto).

Bragança – José Luís; Pedrinha, Pardal, Fernando Silva e Eurico; Rui Nelson, Carlitos I, Carlitos II e Ademar; Toni (Marco Móbil 58”) e Mauro Vitorino (Luís Rodrigues 83”).
Treinador – Lopes da Silva
Sapientes – Micado; Padre, David, Nelson I e Nelson II; Zé Zé, Dias (Xandi 62”) e Nelson II; Rufino, João Cunha (Ricardo 79”), Quínio e Vasco (Pedro Pinto).
Treinador – Carvalho

Amarelos – Ademar 51”, Mauro Vitoriano 83”, Fernando Silva 90+3

1ª Parte – Zé Zé 55”, Carlitos II 61” e 63”, Luís Rodrigues 84”.

Bragança 1 a 1

José Luís (2) – Pouco trabalho e mal batido no golo do Sandinenses.
Pedrinha (2), Fernando Silva (2), Pardal (2) e Eurico (2). A defesa da casa não teve muito trabalho e o que apareceu foi facilmente resolvido.
Rui Nelson (3) – um poço de força e entrega. Digam lá se repararam que não têm dinheiro no bolso.
Carlitos (3) – o Capitão apareceu já na parte final da época e em grande forma.
Ademar (3) – volta a mostrar futebol, depois de muito tempo fora de forma.
Toni (2) – correu em benefício da equipa, na procura do golo, mas não foi o seu dia.
Mauro Vitorino (3) – um moiro de trabalho na frente de ataque. Foi o que sofreu mais com a falta de classe do árbitro.
Carlitos II (3) – dois golos, profissionalismo e ainda falhou um golo de baliza escancarada.
Luís Rodrigues (2) – entrou, tocou na bola e marcou.
Marco Móbil (3+) deu a volta ao jogo. Aos 58”, altura em que entrou, partiu a loiça.
Karaté (1) – entrou para fazer parte de uma equipa briosa e profissional.