Cegonhas identificadas no Nordeste Transmontano

PUB.

Ter, 03/05/2005 - 17:53


Os ninhos de cegonha existentes nos concelhos de Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Bragança estão a ser inventariados por tês grupos de voluntários.

A ideia faz parte de um programa de Monitorização dos Efectivos de Nidificantes de Cegonha Branca de todo o País, em que a responsabilidade da contagem pertence à Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), coordenado pela Birdlife International em parceria com o Instituto da Conservação da Natureza (ICN).
Estas aves, que podem ser sazonais ou mesmo residentes, aparecem em número considerável naqueles concelhos, onde há registo de 12 ninhos activos e dois desactivados no concelho de Macedo de Cavaleiros, 66 ninhos em Bragança, dos quais 20 estão desactivados, 39 habitats em Miranda do Douro, entre eles quatro vazios e no concelho de Vimioso existem, apenas, três ninhos ocupados.
Estes valores reportam-se a uma contagem que teve início no ano passado e realiza-se de dez em dez anos, levado a cabo pela SPEA, com a colaboração de alunos de várias escolas.

Especialistas vigiam
a evolução da espécie

Segundo o voluntário da SPEA, Gonçalo Rosa, “em Trás-os-Montes a maior incidência de cegonhas está nos concelhos raianos, por isso, com este estudo, pretende-se saber o estado da população de cegonha branca no País”.
Caso se verifique um decréscimo desta espécie, os especialistas actuam rapidamente de forma a proteger o efectivo, através de medidas de protecção.
No Nordeste Transmontano, a população de cegonhas aumentou ligeiramente, no resto do País houve um aumento significativo, já que nas regiões mais frias de Portugal as cegonhas são migradoras e na viagem há factores que não deixam evoluir o efectivo.
O trabalho dos voluntários, que se responsabilizam pela observação dos ninhos identificados, consiste em percorrer vários trilhos destes concelhos raianos para encontrar ninhos, que são referenciados por cartas topográficas.
Uma vez localizado o ninho, os grupos de monitorização vão procurar um local elevado, de onde possam observar e registar, com a ajuda de vários instrumentos ópticos, a existência de ovos, crias e o número de adultos ou a possível ameaça ao ninho como é o caso de queda.