Ter, 07/06/2005 - 15:48
A prova de motos do campeonato nacional acabou por não chegar ao fim, por terem sido encontradas várias irregularidades durante o percurso.
Um dos corredores da equipa de Bianchi Prata ter-se-á desviado do percurso original, cortando as fitas de marcação para enganar os seus perseguidores.
Curiosamente, foi um piloto da mesma equipa que deu o alarme e o juiz da Federação Portuguesa de Motociclismo anulou a prova, por estar em causa a verdade desportiva e, acima de tudo, a segurança.
O membro da organização e do Motocruzeiro, António Preto, reconhece que esta prova foi um desastre e que Bragança, dificilmente, voltará a ter uma competição deste calibre.
António Preto acrescentou, ainda, que à falta de motivação das pessoas para ajudarem o clube, uma das razões para o descalabro do campeonato foi a falta de comissários e de ajudantes de juiz para levar a prova a bom porto.
Na óptica da Federação “não se pode andar em alta competição com jipes e tractores a passar nos montes, pois um acidente seria fatal”.
O presidente do Motocruzeiro, Francisco Vara, culpa, apenas, a má formação de alguns pilotos pelo sucedido.
Má organização
António Preto lamentou, ainda, que os gratificados da prova de 2004 (agentes de segurança) não tenham as contas em dia.
Para a Federação é que parece não haver dúvidas. Tão cedo Bragança não voltará a organizar este tipo de competição, devido à má organização que aconteceu este ano.
A prova de moto4 foi a única a chegar ao fim, com Ricardo Carvalho a liderar a prova.
O piloto saiu na frente para adjudicar a vitória, resistindo à pressão exercida por João Lopes nas três voltas ao percurso de 80 quilómetros, com os dois pilotos a terminarem a prova separados por 59 segundos.
Este foi o terceiro triunfo consecutivo de Ricardo Carvalho, que assim continua invicto na liderança da classe Q2. A batalha aconteceu, também, pelo terceiro lugar, com Paulino Cruz a impor-se por escassos décimos de segundo a Arnaldo Martins.
Na classe Q1 (veículos até 400cc), Simão Correia alcançou a vitória nas três provas disputadas. Nesta última, organizada pelo Moto Cruzeiro de Bragança, o piloto cruzou a meta 3” e 07s mais cedo que Avelino Luís, enquanto Nuno Araújo completou o podium.
Face às irregularidades que aconteceram durante o percurso das motos, a Federação Nacional de Motociclismo irá analisar a situação, com vista a considerar a possibilidade de encontrar, para as classes de motos, uma prova de substituição.