Bragança Classic Fest regressa com “programação de primeiro nível mundial”

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Ter, 13/09/2022 - 15:54


Descentralizar a oferta cultural de música erudita e fazê-la chegar a outros públicos são objectivos da iniciativa que se realiza pelo segundo ano

Pelo segundo ano, o Bragança Classic Fest vai trazer a música erudita à capital de distrito.

Ao longo de 10 dias, entre 30 de Setembro e 9 de Outubro, serão sete os concertos programados depois do sucesso da primeira edição com diversas lotações esgotadas.

Um dos destaques deste festival internacional de música erudita é a actuação da Orquestra de Câmara de Viena que abre o evento. Outros dos pontos altos do evento são a estreia do Juventus Ensemble Espectáculos e a actuação da violinista ucraniana Diana Tishchenko, que vai estrear a interpretação de “A Última Canção de Embalar”, criada por Bhodan Sehin, um dos principais compositores ucranianos da actualidade e inspirada na guerra que o país atravessa.

Segundo o director artístico do festival, Filipe Pinto Ribeiro, a programação poderia ser apresentada em qualquer capital do mundo. “É um festival que nivela por cima, temos uma programação de primeiro nível mundial e por aí podemos colocá-lo em qualquer grande cidade, em Tóquio, Nova Iorque, em Paris e continua a ser um evento de excelência. Fazê-lo em Bragança é um motivo de enorme satisfação, porque todos os locais merecem o mesmo nível de oferta cultural. Saber que se pode trazer a Bragança, com vários apoios, o que de melhor há na música clássica e não só, porque há outras músicas no festival, é um prazer, porque estamos a construir o futuro”, sublinha.

O Bragança Classic Fest quer, na segunda edição, consolidar-se como evento cultural de referência à escala nacional e internacional. “Há já um reconhecimento internacional forte, o ano passado tivemos a presença de crítica internacional e foram muito boas. Foi um lançamento forte com uma programação bastante ambiciosa e consistente e coloca-o dentro dos festivais internacionais. Urge descentralizar e ao mesmo tempo levar a maior qualidade enquanto se descentraliza”, referiu.

O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, destaca o cruzamento entre música e património, com a dispersão dos espectáculos por vários locais da cidade além do Teatro Municipal. “Teremos concertos nas igrejas de Santa Maria, da Sé e pela primeira vez na igreja de São Francisco”, referiu.

“Vai permitir que as pessoas tenham acesso a essa música de forma muito acessível” já que o preço dos bilhetes de cada espectáculo no TMB é de 7 euros e no caso dos concertos fora deste equipamento serão gratuitos é necessário levantar bilhete, ou seja, “praticamente simbólico tratando-se de concertos com este nível”.

A organização também tem o objectivo de envolver a comunidade local e em especial os mais jovens, “através da participação de alunos quer ao nível do IPB quer do Conservatório de Música, numa perspectiva de enriquecimento cultural e pessoal desses alunos”.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro