Autoridades fecham Bruxa

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Ter, 21/06/2005 - 14:31


Os cinco arguidos detidos na sequência do encerramento da discoteca Bruxa, em Bragança, saíram em liberdade, mediante o pagamento de cauções não especificadas pelas autoridades e termo de identidade e residência.

Recorde-se que os cinco arguidos são suspeitos de ligação à exploração daquele estabelecimento conotado com a prática de alterne que, na madrugada da passada terça-feira, foi alvo duma operação conjunta do Ministério Público, PSP e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Os indivíduos, três homens e duas mulheres, são suspeitos de vários crimes, entre os quais lenocínio e apoio à emigração ilegal.
Trata-se de três homens e duas mulheres que, segundo as autoridades, estarão ligados à exploração do estabelecimento de diversão nocturna. Dois indivíduos, de 19 e 24 anos, são brasileiros, tal como uma mulher de 40 anos, suspeita de ser a gerente da casa. O outro homem detido é espanhol, 38 anos, ao passo que a segunda mulher, de 44 anos, tem nacionalidade colombiana.
As buscas decorreram entre as 23:30 e a 1:30, resultando, também, na identificação de sete jovens brasileiras, com idades compreendidas entre os 20 e os 31 anos, que se encontravam em Portugal ilegalmente.

Algemas e chicotes

As brasileiras foram ainda ouvidas em processo de memória futura para apurar se, realmente, se praticava prostituição na Bruxa.
Recorde-se que a operação de terça-feira envolveu 30 agentes e resultou na selagem das portas da discoteca e dos apartamentos que se situam nos andares de cima, onde as autoridades suspeitam que se praticava prostituição.
Nas habitações dos andares superiores, foram encontrados preservativos e outros objectos alegadamente relacionados com a prostituição, tais como algemas, chicotes e lingerie ligada a práticas sadomasoquistas.
Da acção resultaram, ainda, três buscas domiciliárias, na sequência das quais foram apreendidas cinco viaturas de alta cilindrada, entre as quais dois jipes, e uma quantia significativa de dinheiro, bem como vários documentos alegadamente relacionados com a exploração da prostituição.
Duas das buscas decorrerem em residências, enquanto a terceira teve lugar na ML, um estabelecimento encerrado em Fevereiro de 2004, na mega operação que levou ao fecho da Top Model e Nick Havana, outras duas casas de alterne da cidade e arredores.