ARGOSELO quer museu judaico

Segundo o membro da direcção da associação Ulgusello, Cultura e Património de Argoselo, Carlos Prada, “os judeus vieram para Argoselo em finais do século XVIII, quando foram expulsos de Espanha. Esse testemunho é deixado pelo julgamento e condenação feitos pela Inqusição a muitas famílias que viviam nesta aldeia do concelho de Vimioso”.
A ideia partiu da associação de Argoselo, que decidiu recolher todos os instrumentos ligados à arte do “Curtimento” existentes na Terra e criar um museu, para albergar e mostrar aos forasteiros a história da aldeia.
Neste momento a associação já possui o imóvel, que no futuro vai ser o museu “da presença judaica” de Argoselo.
“A associação contou com o apoio da Câmara Municipal de Vimioso, do Governo Civil de Bragança, do Instituto Português da Juventude e de algumas pessoas de Argoselo para poder comprar a casa centenária, onde vai nascer o museu”, realça Carlos Prada.
Depois de concretizado o primeiro passo, a associação vai seguir em frente para obter apoios financeiros e técnicos qualificados na área, para avançar com o projecto.
“Ainda durante este ano vamos avançar com o projecto museológico, para apresentarmos e arranjarmos parceiros e, ao mesmo tempo assegurarmos a parte financeira. Também pretendemos assinar um protocolo com uma Universidade, para nos auxiliar nos trabalhos de investigação”, acrescentou o responsável.