Alimentação saudável e "funcional"...

- O quê?
- Quanto?
- Quando?
O quê: A escolha dos alimentos a ingerir é primordial no momento de elaborar um regime alimentar. Isto tanto com propósitos atléticos (aumento da massa muscular), como estéticos (perder gordura corporal) ou simplesmente melhorar os níveis de energia, bem-estar e saúde em geral.
È dos alimentos que ingerimos, que o organismo retira a energia necessária para o funcionamento dos órgãos, circulação, bem como para as actividades diárias como passear, subir e descer escadas, praticar desporto ou simplesmente respirar. Numa palavra, para nos mantermos vivos.
Para que o corpo funcione em pleno, são necessários hidratos de carbono, proteínas e gorduras, aos quais se irão juntar vitaminas, sais minerais e água. Mas é dos três primeiros que vou tratar. Os primeiros fornecem energia, as proteínas para a regeneração dos tecidos e as gorduras que para além de fornecerem energia, desempenham um papel capital no funcionamento hormonal e metabólico.
Quanto: as proporções deles, ou seja a quantidade diária de hidratos de carbono, proteínas e gorduras vai depender, entre outros, de factores como o nível de actividade física diária (pratica ou não desporto, passa o dia sentado a uma secretária, etc...) e o ritmo metabólico de cada um.
Por exemplo uma pessoa de 65 Kg, não tem as mesmas necessidades caloricas duma outra de 100 Kg, assim como uma que quer aumentar de massa muscular não deve alimentar-se como uma que quer perder gordura.
Só que não basta saber fazer a correcta selecção dos alimentos e regular as suas quantidades. Temos que saber eleger o momento adequado para ingerir um alimento em detrimento de outro, isto é, saber QUANDO é mais proveitosa a sua ingesta.
É do momento em que se ingerem os alimentos que depende a utilização e as respostas fisiológicas que o organismo vai dar a esses alimentos. Foram realizados estudos em que com o mesmo total calórico e igual proporção dos princípios imediatos, se verificaram respostas fisiológicas diferentes, pelo simples facto do horário de ingestão desses alimentos serem diferentes.
Foi assim que se pôde observar que, depois da actividade física, o organismo acelera o metabolismo, ao mesmo tempo que aumenta, de forma considerável, a absorção de proteínas e hidratos de carbono. As proteínas com o fim de regenerar os músculos e outros tecidos; os segundos para repor os níveis de glicogenio gastos com o exercício.
Com estes dados na mão, o mais difícil já está feito. Controlando a qualidade e proveniência do que comer e sabendo quanto e quando comer, diminuir o percentual de gordura corporal ou aumentar o volume muscular, não deve constituir qualquer problema. A menos que se intrometa pelo meio, algum transtorno hormonal ou metabólico que requeira "tratamento" especial. Mas isso já é outra história...