500 empregos em quatro anos

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Ter, 03/05/2005 - 17:47


O candidato do PS à Câmara Municipal de Bragança (CMB), Marcolino de Jesus, aposta na criação de 500 empregos para evitar que os jovens abandonem o concelho à procura de novas oportunidades.

Esta foi uma das propostas que o juiz desembargador lançou no passado sábado, durante a apresentação da sua candidatura à CMB e dos cabeças de lista às Juntas de Freguesia (ver caixa).
Para criar os 500 postos de trabalho, Marcolino de Jesus garante que vai propor ao Governo “que alguma ou algumas das 200 empresas de base tecnológica que estão previstas para o País fiquem sedeadas em Bragança”.
O Pólo Tecnológico, por seu lado, também servirá este fim. “Posso afirmar-vos que, comigo, ele será uma realidade, pois sei como reivindicá-lo sem que obstáculos invisíveis de oponham”, salientou o candidato perante os apoiantes que encheram o Cine-Teatro Torralta.
A aposta nos produtos de qualidade, através da criação de um rótulo próprio para o concelho, é outro dos factores que o cabeça de lista considera indispensável para gerar emprego no município.
Numa lógica de desenvolvimento económico, Marcolino de Jesus classifica de “imperiosa” a aposta nas energias alternativas. “A construção e licenciamento de parques eólicos, de uma central solar e de mini-hídricas estão na mira, a par da criação de condições para a transformação da biomassa e do biogás em energia”, sustenta o candidato.

Desigualdades no concelho

Para viabilizar esta política de desenvolvimento económico, o cabeça de lista propõe, também, a construção de um novo parque industrial e a ampliação do já existente. Isto a par da construção de um entreposto para armazenamento e conservação dos produtos agrícolas, da implementação da feira de gado e a criação do Gabinete de Apoio ao Investidor.
E porque sem estradas é difícil atrair novas empresas, Marcolino de Jesus está convicto que Bragança vai ser dotada de “uma rede viária de qualidade”, através do prolongamento da A4, da construção do IP2 e da ligação às Rias Baixas em perfil de via rápida.
“Pela nossa parte ampliaremos a pista do aeródromo para os imprescindíveis 2.200 metros, que possibilitam a realização de voos comerciais com aeronaves pesadas”, assegura o candidato rosa.
Passando das propostas às críticas, Marcolino de Jesus citou José Gil para dizer que “da pequenez passou-se aos projectos megalómanos”. No que respeita a Bragança, o cabeça de lista dá conta das assimetrias que se vivem dentro do próprio concelho. “Não temos água em quantidade e qualidade na maioria das nossa aldeias e na vila de Izeda, mas temos um Mercado Municipal que não serve o fim a que se destina, defraudando as expectativas daqueles que nele investiram, e que encerrou 2004 com um défice de 60 mil euros”, dispara o candidato do PS.

Bairros sociais e cheque-saúde

“Que dizer da política social do actual executivo camarário? Alguém a conhece?”. É neste tom irónico que Marcolino de Jesus fala da falta de medidas da autarquia para erradicar a pobreza e a exclusão social. Para combater estes fenómenos, o cabeça de lista propõe a construção dois bairros sociais: um na freguesia da Sé e outro em Santa Maria.
Além disso, avança com a constituição de equipas móveis para levar os cuidados de saúde aos mais idosos e com a criação do cheque-saúde para as famílias mais carenciadas.
Tal como na questão da água, “que a actual Câmara só se lembra em tempo de seca”, recorda o candidato, Izeda terá direito a tratamento especial. “Construiremos dois Clubes de Saúde, um em Bragança e outro em Izeda, e esta vila será contemplada com serviços desconcentrados da Câmara”, promete Marcolino de Jesus.
No plano desportivo, a construção de um parque desportivo com circuitos de manutenção é a medida que mais se destaca, a par de um apoio ao Grupo Desportivo de Bragança que possibilite a ascensão a “escalões mais consentâneos com o nosso estatuto de capital de distrito”.